segunda-feira, novembro 09, 2009

PROFISSÃO - A difícil tarefa na hora da escolha do curso

Escolher o curso certo é a principal preocupação da maioria dos estudantes que estão prestes a fazer vestibular. Para a maioria, aquele momento de colocar o código do curso na ficha de inscrição parece ser um caminho sem volta, onde o erro não é permitido e uma segunda chance não existe. Psicólogos e professores, no entanto, salientam que a escolha do curso não é o momento decisivo e que há sempre a opção de mudar de curso e fazer um novo vestibular. “A maioria dos alunos é nova, tem muito tempo pela frente e o melhor é não ficar em um curso que não lhe agrada”, diz a professora Eurimar do Amaral. Num período que já é naturalmente estressante, muitos vestibulandos contam ainda com uma pressão familiar para que sigam esta ou aquela carreira. “Muitos pais projetam nos filhos seus próprios desejos e existe uma angústia muito grande quando isso acontece. É fundamental que eles percebam que a decisão deve ser dos filhos”, afirma a professora. Um exemplo de quem não se deixa abater pelas decepções universitárias é a analista de investimentos Renata Euzébio, de 26 anos. Ela já começou três cursos universitários diferentes, e foi só na última tentativa que encontrou uma opção que lhe agradasse. “Fiz alguns meses de história e jornalismo, mas não gostei de nenhum dos cursos. Eu ia para a aula e percebia que aquilo não tinha nada a ver comigo. Resolvi trancar as matrículas mesmo contrariando a minha família”, conta. Professores avaliam que a atitude de Renata é louvável. “Acho fundamental que o aluno não satisfeito tenha coragem de mudar de opção”, diz a professora Laurene Barbosa Soares de Oliveira, do Colégio Renovatus. Ela conta que há sempre tempo para mudar e se encontrar. Segundo psicólogos, para que o estudante faça a escolha certa, ele precisa, primeiro, conhecer a si mesmo. Com base nesse pensamento é que o Colégio Renovatus desenvolveu um novo projeto de orientação profissional. “Esse trabalho é feito em duas linhas. A primeira provê informações sobre as carreiras. A segunda é centrada no autoconhecimento. Sabendo as suas preferências, o aluno tem mais segurança para fazer a escolha”, explica a professora. Laurene diz que cabe ao professor informar os alunos sobre as carreiras, mostrando-as da forma mais real possível. “É claro que ele tem que fazer o que gosta, mas não podemos mostrar uma visão romanceada da realidade. Ele precisa saber como está o mercado, porque um profissional que não consegue se realizar na profissão que gosta não será feliz”, afirma. A estudante Bruna Alcino, do terceiro ano do Ensino Médio, vive na pele o dilema de ter que escolher. “Eu ainda não escolhi. Estou em dúvida entre três áreas diferentes, o jornalismo, cinema e gastronomia”, diz a aluna. Ela disse que para se decidir pretende conhecer até o final do ano o currículo dos cursos, o mercado e as instituições que oferecem o curso. “Neste mês vou a São Paulo conhecer uma faculdade de cinema e pretendo fazer isso com os outros cursos”. SAIBA MAIS ANTES DE SELECIONAR A OPÇÃO Informe-se sobre as profissões existentes Procure informações sobre as instituições de ensino Converse com profissionais da área escolhida para ter uma idéia de como é a profissão Conheça a rotina dos profissionais Conheça a instituição e a cidade escolhida para evitar problemas de adaptação Na internet é possível encontrar até a grade curricular dos cursos Na dúvida, busque ajuda de profissionais Não escolha uma profissão pensando exclusivamente em ganhar dinheiro Orientação sobre as carreiras é fundamental Profissionais e psicólogos que atuam na área da Educação são taxativos em afirmar que, embora não haja fórmula que indique a carreira ideal, há algumas maneiras de se receber orientação sobre a difícil decisão que o vestibular representa. Deve-se antes de tudo procurar conhecer o que significa cada curso. Para isso, é interessante saber o que se estuda na faculdade, conhecer as especializações oferecidas e como atuam os profissionais. Essa pesquisa pode ser feita nos manuais do candidato, mas o mais importante é ouvir os depoimentos de profissionais que falam sobre o dia-a-dia daquilo que fazem. Isso está sendo cada vez mais utilizado por colégios e cursos pré-vestibular. O veterinário Luciano Ferraz Neto, de 33 anos, faz palestras para explicar seu trabalho. “Muita gente acha que ser veterinário é dar vacina em cachorros cheirosos e não tem noção de que vai lidar com animais doentes”, diz. As escolas também costumam manter uma equipe de psicólogos que aplicam testes vocacionais nos estudantes para ajudar a escolherem a profissão. Outra opção são as visitas programadas a universidades. O roteiro inclui visitas orientadas e palestras sobre as diferentes profissões e o mercado de trabalho, oficinas com atividades práticas nos laboratórios.

Patricia Azevedo/ AAN
Fonte: Correio Popular

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